Quero beber sofrega e desvairadamente,
Assim como náufrago sedento, o sabor de teu corpo.
Ir dos lábios aos seios sentindo o gosto de mulher,
Chegar no ventre e entre tuas coxas me saciar
Com o prazer enebriante de te sugar, da flor,
O mel deleitoso da vontade de mulher e te ouvir,
Entre sussurros e gemidos, a vontade da entrega
Alucinante de uma fêmea cheia do desejo de pecar,
A vontade, pelo maior de todos dos prazeres da vida:
A doação do corpo através de uma alma querendo o cio
Perfeito e que cada instante se faça mais forte, mais divino.
Quero buscar tua alma num alucinante frenesi,
Entrar em ti e me deixar ficar consumindo de nós dois
Toda a volúpia de uma entrega cheia de sonhos
Indecentes, vontades carentes, gritos despudorados
De quero mais, me toma, me faz tua, me faz teu,
Te quero assim cheia dessa vontade de ter até alma
Prostituída, devassada, na consumação de uma entrega
Tão imoral quanto inocente, cheia de pecados divinos.
José João
06/12/2.013