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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Um macho, um servo


Vem, deita em meu colo, assim, gostoso,
Agora te faz de fêmea no cio, que eu...
Sou teu servo, a te satisfazer as vontades.
Todas elas, das mais ternas e inocentes,
Às mais devassas, despudoradas e indecentes.
Quero me perder em teu gosto de mulher,
Te sugando os seios, te sugando a alma
Por esse ventre, doce, macio e ardente,
Pulsando como se a vida por ali gritasse.
A necessidade de viver plenamente.
Vem com esse corpo nu e alma desnuda
De qualquer pudor. Vem maravilhosamente
Despudorada, indecente, alucinada,
Como se para viver fosse preciso amar...
Amar... amar e deixar-se levar ...
Ás nuvens, ao cântico celeste dos deuses
Do prazer da carne, que a alma desesperada,
Espera ansiosa pelo grito rouco, agudo,
De um prazer que toma todo o corpo
E faz que nesse momento anjos e demônios
Sejam gritados pelo mesmo gozo.


José João
27/09/2012

sábado, 8 de setembro de 2012

A perfeição da natureza


A perfeição, dizem, não existe. Será?
Se estiverem juntas, a beleza do mistério da noite,
Em um par de olhos luzidios e ternos?
O perfume de flores do campo banhadas
Pelo orvalho das manhãs mais perfumadas?
A ternura da voz da brisa cantando em ternos sussurros
Musicas suaves que até o tempo pára para ouvir?
Se a maciez das mais suaves nuvens se fizerem corpo?
A perfeição, dizem, não existe. Será?
Se o calor do sol se fizer sentido na vontade
Da volúpia de um desejo tão doce quanto ardente? 
Se o néctar das flores se fizer de puro mel
Em grutas que entre coxas se fazem vida?
Se as curvas que levam ao céu se fizerem caminhos
No corpo, entre coxas e seios, entre coxas e ventre?
Se a explosão de um desejo seja tão violento,
Quanto a erupção de um vulcão que em vez de lavas
Derrame labaredas das vontades mais alucinantes?
Se um anjo se fizer mulher, se fizer doce mulher,
Dizendo que a entrega plena e infinita não é pecado
E como mulher entregar-se, sem pudor, à realização
Dos mais devassos desejos?
Se esse anjo mulher for a conjugação natural
Da multipliciade dos sentimentos, de todos eles?
Até a volúpia que vem da alma seduzida pelo pecado?
Se tudo isso estiver junto em uma só...
Depois dizem que não existe perfeição?
E eu fico como...um louco, sedento no cio
Pelo cheiro da fêmea que da natureza se fez.


José João
08/09/2.012

Dentro das medidas



Quis a natureza que até teu mais inocente olhar
Me provoque tanto, até se imagino o vestido que vestes...
Me provoca, como dominas tanto meus pensamentos,
Meus desejos, até minha vontade de "pecar".
Do "pecado" mais devasso, quando me dás tudo e toda,
Sem remorso e sem pudor, quando gritas tuas vontades,
Quando gritas o que queres, até o silêncio fica buscando
Cantigas, gritando lá fora, para que ninguém escute.
Se te imagino no banho... ah, me arrepio todo,
E engraçado, minhas mãos  e dedos foram feitos
Para as medidas de teu corpo, para o "toque mais perfeito"
Para altura mais ideal, tão fácil, como se encontram
Mãos, dedos, vontades, sexo, tudo me leva a ter
A vontade do prazer maior, e tu... não se faz de rogada
Me toma , me come, com olhos, com boca, com mãos.
Nos entregamos sem reservas, gozamos sem reservas,
Gritamos, mas gosto mesmo é de ouvir teu sussurros,
Teu gemidos, tua voz, dizendo baixinho:
Estás me sufocando mas continua, não para... faz.
Fico louco, como homem, inocente como animal,
E cativo como teu servo, na busca de teu prazer.
Me entrego aos teus desejos, às tuas tantas vontades,
E me ponho a sentir o calor de dentro de mulher
Que vem como lavas quentes no borbulhar de um gozo
Que os gemidos se fazem gritos, que pena...
Não sei porque temos vizinhos.


José João
08/09/2.012




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