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domingo, 7 de outubro de 2012

Ela é única


Ela não é mulher nem fêmea,
É apenas perfeita por ser única.
É inocente e devassa, é pura na nudez,
É cândida na entrega da alma e depois do corpo,
Que se agita em frêmitos suaves ou violentos
Como se a mansidão e a fúria fossem irmãs,
Exigente com ela mesma na doação plena...
Assim como se tudo fosse ainda pouco.
Navega e faz navegar dentro das emoções
Que só ela sabe buscar dentro de mim
Como se eu fosse um livro de páginas abertas
Onde apenas ela pode encontrar o texto preferido
E me deixo ser aberto, devassado despudoradamente,
Lido, lambido, sugado, tomado de mim
Para ser prazerosamente entregue a ela.
Ela, mais que mulher, mais que fêmea
Por ser perfeita. Brinca com a inocência,
Que sorrindo, pede para ser desvirginada
Cansada, que está, de ser casta, e nela a inocência
Se confunde no olhar malicioso e provocante
Como se ele acordasse o sexo, e o pecado
Se fizesse criança curiosa querendo ver vontades
E desejos nos corpos suados,cansados e mordidos.
De coxas abertas mostrando a flor
Onde androceu e pistilo bebem o mesmo sêmen
Como se fosse mel. E eu sugando da flor
O nectar denso com gosto forte de fêmea no cio
Que se contorce entre o prazer e o querer mais
Imaginando loucuras por ser tudo permitido.


José João
07/10/2.012

2 comentários:

  1. Posso dizer que escreve com vontade, que o desejo aflora por todo o blog, Parabéns
    bjs

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  2. José João..
    "Como se fosse mel. E eu sugando da flor"

    Que delícia de descrição...
    ai...ai.
    Bjins
    Catiaho Reflexod'Alma

    ResponderExcluir

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